sexta-feira, 17 de maio de 2013

Controles


Nem sempre os grandes problemas começam grandes. Por vezes, eles surgem tão leves e insignificantes que não damos atenção a eles. Por vezes, nos adaptamos a eles e aceitamos carregá-los. A cada adaptação, permitimos que o problema cresça e novas adaptações se tornam necessárias. 
Isso vale tanto para a obesidade gerada pelo descuido quanto pelo acúmulo de bagunça, por aceitar desperdícios.
Empresas e famílias descuidadas acumulam tantas inutilidades que chegam a concluir que os galpões e casas são pequenas, que precisam mudar para espaços maiores, do mesmo modo que a pessoa descuidada com o peso aceita comprar roupas mais largas e cintos maiores para não sentir o aperto.
Não consideram que o que precisam não é de mais espaço, mas de usar melhor o espaço que têm. Dar mais espaço a quem acumula bagunça não soluciona o problema. Ao contrário, o agrava, pois permite que a bagunça seja maior.
A solução está em mudar o padrão de gestão dos pequenos problemas. Para começar, basta definir um indicador, um limite aceitável, como o buraco do cinto.
Neste momento, para quem já tem bagunça demais ou peso em excesso, basta definir o limite atual como o teto aceitável. Com autodisciplina, assistência de especialista e inspiração seguindo o exemplo de amigos que conseguem controlar pequenos problemas, pode-se neste momento evitar que as coisas piorem.
Isto feito, é possível traçar um plano de reduzir o problema. A obesidade diminui, a bagunça diminui.
E a vida toma o rumo leve. E o 5S deixa de ser um instrumento para resolver entulhos acumulados e passa a colaborar para que a bagunça não volte.

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