terça-feira, 28 de maio de 2013

5S completo


Está muito claro na tira em quadrinhos o que os consultores deixaram de passar aos trabalhadores. Faltou lhes entregar o Senso de Saúde e o Senso de Autodisciplina.
Sem esses dois sensos, os trabalhadores não terão autonomia para a prática constante do 5S na melhoria contínua. Assim, para assegurar os resultados do 5S, os consultores precisarão marcar presença constante, estimulando, orientando, puxando e empurrando.
Não é intenção dos consultores criar essa situação. Deixar de passar os Sensos de Saúde e de Autodisciplina aos trabalhadores não é uma coisa premeditada. Isto ocorre, geralmente, pelo andar dos treinamentos e da prática.
Algumas orientações para a prática do 5S tratam cada senso como se fossem tarefas sequenciais, como colocar cinco tijolos em uma parede.
Depois de orientados e praticados os três primeiros sensos (de Utilização, Ordenação e Limpeza), há dificuldade em manter o mesmo padrão didático e prático quando se entra nos dois que faltam. Isso porque os sensos de Saúde e de Autodisciplina são mais filosóficos que os três primeiros. Daí, surgiu o mito de que são mais difíceis. Não são mais difíceis; são diferentes! A dificuldade é criada quando se reforça muito o lado prático do 5S.
Portanto, a melhor orientação para o entendimento do 5S completo é promover práticas simples, em que os cinco sensos sejam aplicados em pouco tempo. Depois de várias aplicações em desafios simples, é mais fácil entender cada senso em desafios complexos.
Quando os trabalhadores assumem a atenção aos Sensos de Saúde e de Autodisciplina desde cedo, a prática do 5S completo se torna espontânea e natural, com cada senso colaborando com os outros.
Wagner Matias de Andrade
veja mais no site  www.5s.com.br

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Controles


Nem sempre os grandes problemas começam grandes. Por vezes, eles surgem tão leves e insignificantes que não damos atenção a eles. Por vezes, nos adaptamos a eles e aceitamos carregá-los. A cada adaptação, permitimos que o problema cresça e novas adaptações se tornam necessárias. 
Isso vale tanto para a obesidade gerada pelo descuido quanto pelo acúmulo de bagunça, por aceitar desperdícios.
Empresas e famílias descuidadas acumulam tantas inutilidades que chegam a concluir que os galpões e casas são pequenas, que precisam mudar para espaços maiores, do mesmo modo que a pessoa descuidada com o peso aceita comprar roupas mais largas e cintos maiores para não sentir o aperto.
Não consideram que o que precisam não é de mais espaço, mas de usar melhor o espaço que têm. Dar mais espaço a quem acumula bagunça não soluciona o problema. Ao contrário, o agrava, pois permite que a bagunça seja maior.
A solução está em mudar o padrão de gestão dos pequenos problemas. Para começar, basta definir um indicador, um limite aceitável, como o buraco do cinto.
Neste momento, para quem já tem bagunça demais ou peso em excesso, basta definir o limite atual como o teto aceitável. Com autodisciplina, assistência de especialista e inspiração seguindo o exemplo de amigos que conseguem controlar pequenos problemas, pode-se neste momento evitar que as coisas piorem.
Isto feito, é possível traçar um plano de reduzir o problema. A obesidade diminui, a bagunça diminui.
E a vida toma o rumo leve. E o 5S deixa de ser um instrumento para resolver entulhos acumulados e passa a colaborar para que a bagunça não volte.

sexta-feira, 3 de maio de 2013